sexta-feira, 25 de abril de 2008

O começo.. nem sempre o início.

Bem.. sem delongas, esse é o meu primeiro post do meu 5º ou 6º blog, não me lembro ao certo.

O que me lembro com muita clareza é que eu adoro navegar nos blogs e nessas horas eu sempre tenho várias idéias que adoraria expor.. Aí, de vez em quando vejo um amigo ou primo dizer: Pô, faz um blog!!!

Então vamos lá fazer né!



A idéia desse blog é simples. Expor meus pensamentos, indignações, etc. O meu texto de abertura será um empréstimo de uma poetisa que gosto muito. A maioria dos jovens conhecem esse texto, mas para os que não conhecem, ou até mesmo para os que conhecem, mas nem se lembram mais da intensidade dele. Aí está:





SÓ DE SACANAGEM - ELISA LUCINDA



Meu coração está aos pulos!
Quantas vezes minha esperança será posta à prova?
Por quantas provas terá ela que passar? Tudo isso que está aí no ar, malas, cuecas que voam entupidas de dinheiro, do meu, do nosso dinheiro que reservamos duramente para educar os meninos mais pobres que nós, para cuidar gratuitamente da saúde deles e dos seus pais, esse dinheiro viaja na bagagem da impunidade e eu não posso mais.
Quantas vezes, meu amigo, meu rapaz, minha confiança vai ser posta à prova?
Quantas vezes minha esperança vai esperar no cais?
É certo que tempos difíceis existem para aperfeiçoar o aprendiz, mas não é certo que a mentira dos maus brasileiros venha quebrar no nosso nariz.
Meu coração está no escuro, a luz é simples, regada ao conselho simples de meu pai, minha mãe, minha avó e os justos que os precederam: "Não roubarás", "Devolva o lápis do coleguinha", "Esse apontador não é seu, minha filha". Ao invés disso, tanta coisa nojenta e torpe tenho tido que escutar.
Até habeas corpus preventivo, coisa da qual nunca tinha visto falar e sobre a qual minha pobre lógica ainda insiste: esse é o tipo de benefício que só ao culpado interessará. Pois bem, se mexeram comigo, com a velha e fiel fé do meu povo sofrido, então agora eu vou sacanear: mais honesta ainda vou ficar.
Só de sacanagem! Dirão: "Deixa de ser boba, desde Cabral que aqui todo mundo rouba" e vou dizer: "Não importa, será esse o meu carnaval, vou confiar mais e outra vez. Eu, meu irmão, meu filho e meus amigos, vamos pagar limpo a quem a gente deve e receber limpo do nosso freguês. Com o tempo a gente consegue ser livre, ético e o escambau."
Dirão: "É inútil, todo o mundo aqui é corrupto, desde o primeiro homem que veio de Portugal". Eu direi: Não admito, minha esperança é imortal. Eu repito, ouviram? Imortal!

Sei que não dá para mudar o começo mas, se a gente quiser, vai dar para mudar o final!

Um comentário:

Meerstempel Badist disse...

uhúúllll! Show de blog!

Eu não ocnhecia o texto, mas achei ele bem legal.